Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.
Paulo Freire

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

COLÉGIO ESTADUAL JUSTINIANO DE CASTRO DOURADO

Este blog destina-se a todos àqueles que são adeptos e que defendem a educação como princípio da formação cidadã do indivíduo. Leia-o, reflita, participe, faça comentários.
Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade.
Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes. Portanto, educação num sentido mais amplo é um processo contínuo que envolve o desenvolvimento integral de todas as faculdades humanas; o conjunto das normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito. Educação é cortesia, é respeito, é conhecimento e atitude. Hoje, a educação ocorre de diversas maneiras e os meios de comunicação, com o desenvolvimento da tecnologia e da globalização, estão facilitando às pessoas a aquisição de conhecimentos.
Surgiu a chamada educação a distância que está se disseminando rapidamente. O conhecimento não tem mais barreiras, é a vontade própria que está movendo as pessoas cada vez mais próximas da educação. A Internet trouxe o mundo para os lares. Você viaja para onde quiser, lê o que quiser e aprende o que quiser. Portanto, a educação mora em todos os lugares e o conhecimento está disponível. O que se busca, então, é verdadeiramente estimular à vontade de aprender, o interesse, a curiosidade. E é nessa estrada que habitam os educadores, aqueles que são capazes de fazer a ponte entre o desejo e a conquista.

Mas, afinal quem é educador?
Penso que  educa quem levanta de manhã e fala com a empregada de casa. Educa quem joga o lixo na lixeira (de preferência  reciclável). Educa quem ensina violão, pintura, ler e escrever. Educa quem conta histórias, memórias e aventuras. Educa quem cuida do jardim. Educa quem cozinha, quem limpa, quem lava. Educa quem fala, quem ouve, quem espera. Educa quem canta, quem dança, quem cria. Educa quem respira, quem corre, quem anda. Educa quem fala, quem esconde, quem cala. Educa quem sonha, quem esquece, quem desiste. Educa quem cumprimenta  a todos, quem entende o seu semelhante, quem economiza recursos. Educa quem ama, quem odeia, quem perdoa. Educa quem grita, quem bate, quem abraça. Educa quem trabalha, quem descansa, quem acorda. Educa quem sente, quem ousa, quem vive.
Educa quem quer e quem não quer, quem pode e quem não pode, quem sabe e quem não sabe.
Assim, somos todos educadores e aprendizes no palco da vida. Ensinar e aprender entrelaça as mãos nessa jornada, assim como o branco precisa do preto e a luz precisa da escuridão. Quem mais aprende, mais educa. Quem menos educa, menos aprende. Despertar o gosto de aprender é mais talento do que técnica, mais perguntas do que respostas, mais asas do que pés. Gostar de aprender é ter dentro da alma mais interrogações do que pontos finais, mais sede do que conforto, mais esperança do que promessas. Podemos saber, ou não saber.
Ainda assim, somos todos educadores. Então... O que estamos ensinando?

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